Eurico Miranda foi e não se contentou em apenas observar. Falou, gritou, se exaltou, mas não conseguiu livrar o Vasco da perda de seis mandos de campo, na primeira instância do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, por conta dos graves incidentes ocorridos no clássico contra o Flamengo, dia 7 de julho, em São Januário, pelo Campeonato Brasileiro. A liminar – de interdição do estádio – segue mantida. O clube também levou uma multa de R$ 75 mil e o Rubro-Negro, R$ 5 mil. As decisões cabem recurso no Pleno e a Procuradoria já avisou que vai recorrer.
A defesa vascaína teve como principal tese apontar falhas no esquema de segurança do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) no dia da partida.
Paulo Rubens Máximo, advogado que representou o Cruzmaltino, solicitou que parte do tempo da sustentação fosse usado com o depoimento de Eurico Miranda. E o presidente do clube disparou contra a Polícia Militar:
“Ela (PM) foi a causadora da tragédia. Como se atira bomba indiscriminadamente no meio da torcida? Atirou nas crianças, nos idosos. Chegando ao ponto de um (policial) se vangloriar que atirou. Isso não se leva em consideração. O Vasco é o maior interessado em que se apure rigorosamente. Foi o primeiro a ingressar na delegacia. O Vasco tem câmeras, laudos… Interessa à PM ver isso? Não. Foi fornecido tudo à delegacia. Querer atribuir ao Vasco, dizer que tem ligação com sua torcida, pelo amor de Deus”.
O Vasco anexou como provas fotos de possíveis torcedores que participaram da baderna identificados, imagens de candidatos de oposição com membros de organizadas, postagens de opositores nas redes sociais supostamente incitando à violência, além de laudos técnicos que garantiam a realização da partida em São Januário.
Após dar seu depoimento, Eurico Miranda deixou a sessão e não quis acompanhar a tese de defesa e os votos.
A denúncia teve como base o artigo 213 do CBJD e seus três incisos (cujo caput é “Deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir.
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