Por Elias de Lemos – eliasdelemos@correio9.com.br
Oito pré-candidatos em Nova Venécia, são muitos?
Pelo menos oito nomes se apresentam para a disputa das candidaturas a deputado estadual por Nova Venécia. As convenções partidárias é que definirão. Espera-se que nem todos sejam candidatos. No entanto, certamente serão vários postulantes em busca de votos rumo à Assembleia Legislativa no dia 07 de outubro, quando acontecerá o primeiro turno eleitoral.
O deputado estadual Padre Honório, do PT. O presidente da Câmara de Vereadores, Antonio Emilio (PPS) e o vereador Josiel Santana, o Biel da Farmácia (PV). A advogada e ex-vereadora, Risonete Oliveira Macedo (Solidariedade). O vice-prefeito, Adelson Salvador (PSDB), Marco Aurélio (Avante), Clio Venturim (PRB) e Toninho Promoções (PROS), são os nomes que se anunciam para as convenções.
Para alguns, são muitos pré-candidatos. Outros acreditam que com isso, Nova Venécia pode ficar sem representante.
Mas esta movimentação política faz parte do jogo democrático e indica a riqueza do debate eleitoral em Nova Venécia. Com raríssimas exceções, todos os nomes são de pessoas conhecidas pela atuação e pela participação política no município.
É bem provável que na medida em que o prazo para as definições for se esvaindo, este conjunto vá se afunilando e a concorrência diminua.
Numa democracia, como ocorre no Brasil, as eleições são de fundamental importância, além de representar um ato de cidadania. Possibilitam a escolha de representantes e governantes que determinam e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Escolher, sem critérios, um candidato, pode representar uma queda na qualidade de vida. Sem contar que são os políticos os gerenciadores dos impostos que nós pagamos. Desta forma, mais candidatos, permite dar mais valor à política e o acompanhamento, com atenção e critério, de tudo que eles falam e que propõem para a nossa cidade, estado e país.
Durante o período eleitoral é difícil tomar uma decisão, pois os programas eleitorais nas emissoras de rádio e TV parecem ser todos iguais. O melhor caminho é conhecer os projetos e ideias do candidato que você pretende votar. Será que há recursos disponíveis para que ele execute aquele projeto, caso chegue ao poder? Nos mandatos anteriores ele cumpriu o que prometeu? O partido político que ele pertence merece seu voto? Estes questionamentos ajudam muito na hora de escolher seu candidato.
O que está acontecendo, nada mais é do que parte do enredo da democracia. Mais importante do que se preocupar com quantos candidatos, é procurar conhecê-los. Quais ideias defendem e, em especial, neste período em que as alianças estão sendo formadas, com quem eles estão aliados, afinal, diga-me com quem tu andas, e direi quem tu és.
Julgamento
O julgamento do processo contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), finalmente aconteceu, com 1ª Turma do STF colocando-o no banco dos réus. Os ministros decidiram receber a denúncia contra o senador pelos crimes de corrupção e obstrução de Justiça.
Com isso, deverá ser aberto um processo criminal contra o senador e ele poderá se tornar réu, o que não significa condenação. Outros três investigados, entre eles a irmã e um primo do senador, também serão processados por corrupção.
O julgamento do processo contra o tucano não teve jejum do Deltan Dallagnol, não teve plantão na Globo nem ameaça de general do Exército. Será por quê?
Relembrando
A Revista Fórum fez um levantamento dos quinze maiores escândalos de corrupção da história do Brasil. Em todos os casos, há, ao menos, um figurão do PSDB envolvido: Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra, Fernando Henrique Cardoso, Eduardo Azeredo, Beto Richa, Marconi Perillo e Aloysio Nunes entre outros.
Se ações e processos contra o PT e partidos aliados evoluem em ritmo supersônico, em contrapartida, quando os protagonistas são tucanos os inquéritos paralisam, juízes arquivam denúncias inexplicavelmente e penas prescrevem sem justificativa.
A lista é grande e inclui Furnas, Caso Sivam, Caso da Pasta Rosa, Cartel dos Metrôs e Trens de São Paulo e de Brasília, Mensalão tucano, Máfia do Carlinhos Cachoeira, Aeroporto de Cláudio, JBS e muitos outros.
A diferença entre políticos do PSDB e de outros partidos não é a quantidade de escândalos em que estão envolvidos, mas a quantidade de vezes em que a justiça ou o Ministério Público garantiram que tucanos tivessem seus casos prescritos ou suas investigações retardadas. Ou seja, o que difere os tucanos dos outros é exatamente aquilo que procuradores e juízes dizem querer acabar no Brasil, a impunidade.
Entre Aspas
Ao discursar no sábado (14) na 8ª Cúpula das Américas, realizada em Lima, no Peru, o presidente Michel Temer destacou a importância do tema escolhido para o encontro deste ano: o combate à corrupção. Ele ressaltou que: “Não se pode tolerar a corrupção e que o combate aos desvios de conduta e da função pública é imperativo da democracia”.
Ao defender os princípios da democracia, Temer citou o caso da Venezuela, que enfrenta uma crise política e econômica. Não citou o Brasil, que para ele, está bem.
Eu não sabia de que o presidente é humorista.
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