Kim Campos (Correio9)
Por volta das 19 horas deste domingo, uma das duas torcidas que se veste de preto e banco no Rio de Janeiro estará comemorando o título Carioca de 2018. Botafogo e Vasco, jogo que também é chamado de Clássico da Amizade, visto que as torcidas das duas equipes não costumam provocar incidentes em suas debacles, entram em campo, com o cruzmaltino levando pequena vantagem sobre o rival, por ter vencido a primeira partida por 3 x 2 no último domingo.
Desde 1923, quando no primeiro duelo o Vasco venceu por 3 x 1 até hoje, foram 325 jogos, sendo que o Bacalhau levou a melhor em 142 deles, contra ‘apenas’ 87 do rival, e ainda 96 empates. O Vasco marcou 495 gols e o Botafogo 424 somando todos os confrontos.
Goleadas
No confronto ocorrido no dia 11 de junho de 1958, em General Severiano, válido pelo Torneio João Teixeira de Carvalho, ocorreu a maior goleada do Botafogo sobre o Vasco: 5 a 0.
Em 29 de abril de 2001, no Maracanã, o Vasco fez 7 a 0, com três gols de Juninho Paulista, dois de Romário, um de Pedrinho e um de Euller, em partida válida pelo Campeonato Carioca, em sua maior goleada sobre o Botafogo.
No Campeonato Carioca de 2009, em 11 de abril, o Botafogo venceu o Vasco por 4 a 0; já na partida seguinte o Vasco venceu o Botafogo por 6 a 0 no Estádio do Engenhão, no dia 24 de janeiro de 2010.
A partida com mais gols ocorreu em 27 de março de 1946, na vitória vascaína por 8 a 4.
Artilheiros
O maior artilheiro do Botafogo no confronto é Quarentinha, com 17 gols. Pelo lado do Vasco, o maior artilheiro é Roberto Dinamite, com 25 gols.
Maiores séries invictas
O Botafogo passou 9 jogos sem perder, sendo 1 vitória e 8 empates de 12/03/1989 até 15/02/1990.
O Vasco não viu derrota em 19 jogos; sendo 9 vitórias e 10 empates de 25/07/1976 até 13/09/1981.
Quando se fala em jogo decisivo entre as duas equipes, o Botafogo levou o Carioca de 1948; 1968 e 1990; Taça Guanabara de 1997 e o Carioca do mesmo ano; Taça Guanabara de 2010; Carioca de 2012; Taça Guanabara de 2013 e Torneio Início de 1977. Já o cruzmaltino faturou a Taça Guanabara de 1965; Torneio Erasmo Martins Pedro de 1973; Taça Adolpho Bloch de 1990; Campeonato Carioca de 2015/2016; Taça Rio de 2017; Torneios Início em 32/45.
Números à mesa, o que vale mesmo daqui pra frente é o jogo deste domingo, onde o Vasco joga pelo empate para ser campeão. Se o Botafogo vencer pela diferença de um gol,
a decisão vai para as penalidades máximas.
Para o professor e comerciante veneciano Roberto César, vascaíno raiz, apesar de toda a dificuldade encontrada pelo técnico Zé Ricardo, no que tange ao elenco do Gigante da Colina, o time entendeu o seu pensamento e conseguiu se acertar rumo às vitórias e em consequência conquistando títulos. E obviamente é o que espera Robertão, como é conhecido: que a taça de campeão siga para São Januário na noite de domingo.
Já o botafoguense Saulo Biral, servidor público que mora em Nova Venécia, evoca um antigo dito popular para comentar sobre a partida. “Há coisas que só acontecem com o Botafogo. De fato, nos últimos anos aconteceram situações inusitadas que tinham tudo para dar errado, mas, em situações difíceis, o alvinegro consegue mudar seu próprio roteiro”, confia.
Com um pé em cima do muro, o bacharel em Direito, Kléber Cezana, também veneciano e vascaíno, entende que pelo histórico dos últimos jogos entre as equipes, não tem como prever quem será o campeão e muito menos oferecer palpite sobre o placar do jogo. “Clássico é clássico e tudo pode acontecer na final. As duas equipes jogaram de igual pra igual no primeiro jogo, e espero que seja uma grande partida”, comenta.
Para Adejalma Belmondes, o Djalma do Trayller, botafoguense fanático de Nova Venécia, o time de General Severiano vai ‘trucidar’ o Bacalhau e vencer por 2 x 0.
“Apesar do Botafogo ser o patinho feio da competição, acredito em uma reviravolta para sermos campeões”, crava.
Por fim, o vascaíno Juninho Viana, estudante do curso de Educação Física, opina em 2 x 1 para o Vasco. Para ele, que já atuou como jogador de futebol profissional, o time da Colina vive uma fase melhor do que o Botafogo, mas também pondera que tudo pode mudar se a joia do Vasco,
Paulinho, não jogar devido a lesão acometida no braço no jogo da última quarta-feira
contra o Cruzeiro, válido pela Taça Libertadores.
O tempo é o senhor da razão. Até domingo!
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