Devido à chuva, Nova Venécia teve vários pontos de alagamento nos bairros e a maior concentração das chuvas foi Aeroporto II, como está sendo o trabalho, o que é que a prefeitura está fazendo para ajudar aquelas famílias?
Barrigueira: O maior índice de chuva e alagamento foi no Bairro Aeroporto. Tiveram pontos no bairro em que foram registrados mais de duzentos milímetros de chuva num curto prazo de duas horas. Realmente o bairro foi muito sacrificado, é um bairro que já depende de infraestrutura, e nós estamos cuidando disso. São muitas demandas, mas nós estivemos lá fazendo um levantamento com toda a nossa equipe, com a Defesa Civil, secretaria de Obras, eu estive junto. A Secretaria de Ação Social já levou várias famílias para dentro das escolas, o Stanislaw Zucoloto está recebendo essas famílias e já fizemos uma campanha de doação de alimentos, de roupas, para contribuirmos com essas famílias. Gostaria de aproveitar o momento para pedir às pessoas que têm móveis, para que possam doar à essas famílias que perderam os seus bens, basta procurar a Ação Social, será com certeza muito bem-vindo. Nós tivemos um tempo atípico, tínhamos uma previsão de duzentos a trezentos milímetros de chuva no mês todo de dezembro, nós tivemos isso em duas horas.
Temos lá a Avenida Virgílio Altoé, um ponto onde não temos drenagem, já conseguimos uma bomba, e a nossa equipe já está levando a bomba de trator para drenar aquela água, pois não tem outra forma de drenar, se não for dessa maneira. Estamos dando este suporte, vamos levar almoço, depois cestas básicas, lençóis, colchões, dar de volta aquilo que eles perderam. Estamos nessa campanha, que nesse primeiro momento está sendo para atender às necessidades das famílias.
Essa é uma situação que os moradores do bairro Aeroporto já enfrentam há alguns anos, a prefeitura depois de ontem já está pensando em fazer algo concreto para resolver em definitivo aquela situação?
Barrigueira: Nós sabemos que é um problema antigo, um bairro que foi feito e faltou os cuidados da prefeitura, não é do prefeito, sou prefeito há pouco tempo e o problema já existe há muito tempo, então às vezes tem aquele que quer jogar a culpa no prefeito, e a culpa é da prefeitura, lá de trás que não tomou as providências nos seus devidos momentos. O bairro Rúbia por exemplo, tem mais de trinta anos e tem um problema lá que toda vez que dá esse quantitativo de chuva tem moradores ali que ficam alagados, ficam ilhados, porque o manilhamento que tem ali não é suficiente para dar vazão em toda água num curto prazo, então deve ser feito um sistema de galeria diferente, não é uma obra barata, custa em torno de cinco a seis milhões de Reais, pois tem que interliga-la lá do bairro Rúbia onde era o antigo Pinicão com a galeria do Hospital São Marcos, então é uma obra que realmente requer um planejamento, não pode ser de qualquer jeito, e sem dinheiro não consegue se fazer, mas estou buscando, a gente já vem buscando isso desde o mandato passado e é a reivindicação maior daquele bairro, e da mesma forma, nós tínhamos um caso desse lá no Aeroporto 2, no ano passado nós fizemos a galeria lá e aí teve um problema com o excesso de lixo, e aí vale lembrar daquelas campanhas que a gente faz que o lixo também as vezes atrapalha na boca do bueiro, não dando a vazão suficiente.
No interior do município, tem algum registro?
Barrigueira: Nós temos na região de Chapadinha vários bueiros que se romperam, algumas pontes e também barragens, porque o excesso de chuva que escorre do Refrigério, ele passa no bairro Aeroporto, onde passa ali indo para o Florentino Krause, descendo, romperam-se seis barragens, a informação que a Defesa Civil trouxe para nós, junto com a secretaria de Agricultura. São números que com certeza, ali na frente, vão aumentar. Está sendo feito um levantamento na estrada que liga Nova Venécia ao Patrimônio do Bis está interditada porque rompeu uma represa.
Você mencionou ainda pouco que as obras para resolver os problemas principalmente dos bairros Aeroporto e Rúbia são obras que demandam muitos recursos, e que o senhor está buscando estes recursos fora, e isso vai depender de outros governos. Se não conseguir, qual seria o plano B?
Barrigueira: Eu acho que este decreto, eu digo assim, o plano B teria que ser o município de Nova Venécia, mas o município não tem recursos, não tem condições financeiras de botar dinheiro próprio para fazer essas obras de infraestrutura, já que são volumes de recursos muito altos e nós temos um comprometimento nos recursos da cidade com educação, saúde, então este tipo de serviço nós não podemos abraçar uma obra dessa envergadura com volume de recursos grande, porque aí nós deixaríamos de prestar serviço para a educação, saúde, então não é uma coisa fácil. Eu diria assim, o plano A e B seria Governo do Estado e governo Federal, o município pode até tomar uma contrapartida nessas obras, mas, para assumir esses investimentos sozinho, o município não tem dinheiro, ele não tem condições de assumir essas obras sozinho mas, a boa relação que nós temos com o Governo do Estado, com o governador Paulo Hartung e com o governo federal também, a bancada federal, os senadores, então acho que esses grandes parceiros que nós temos vão dar as mãos para ajudar a resolver esses problemas da nossa cidade.
E enquanto não vem uma solução definitiva, teria como fazer um preventivo? Qual seria, sabendo que nós estamos entrando na estação das chuvas? Como prevenir que isso volte a acontecer?
Barrigueira: A prevenção, principalmente nesses bairros, nós estamos mantendo a cidade bem limpa, e temos que estar com ela mais limpa ainda, porque por exemplo, as vezes você tem na boca do bueiro quatro, cinco sacolas que chegam ali e tiram cinquenta por cento da vazão da água, ou até mais, têm casos que vedam com mato, veda quase cem por cento, então, acho que a população deve fazer a sua parte, não jogando lixo nas ruas, porque a gente sabe que a natureza sempre dá resposta e a resposta vem a seu tempo.
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