Bruno Gaburro (Correio9)
No dia 05 de fevereiro foram empossados os novos inspetores do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-ES) de São Mateus, cargo honorífico que exerce uma atividade voluntária.
Foram oito novos empossados, que estão agora responsáveis até 31 de dezembro de 2020, por representar o Crea junto à comunidade a fim de aumentar a eficiência da atuação da entidade em defesa do exercício profissional das atividades e, também, da sociedade.
Um dos novos inspetores é o produtor rural de Nova Venécia, Thiago Lima Vignatti, de 31 anos. Formado em Agronomia pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), e atualmente trabalhando na empresa Robusta Coffee/Nestlé.
Thiago conta ao Correio9 que a inspetoria, em conjunto com os órgãos fiscalizadores, atua para que não se tenha profissionais não habilitados atuando ilegalmente em diversos setores da produção agropecuária, como revendedores de defensivos agrícola, lojas de irrigação, assistências técnicas, e etc. Assim como, também, impedir a má atuação dos profissionais habilitados, contribuindo para uma sistematização na agricultura e consequentemente, aumentando a produção.
Uma das atividades econômicas mais importantes do Estado do Espírito Santo é a agricultura, que é praticada por todo o território de inúmeras maneiras, com culturas diversificadas. A principal atividade agrícola do Espírito Santo, segundo o Incaper, é a cafeicultura. Gerando em torno de 400 mil empregos diretos e indiretos, tornando o Estado o segundo maior produtor brasileiro do grão, com expressiva produção de arábica e conilon.
As variedades dos cafés são distinguidas pela diferenciação dos lugares onde são cultivados. O café arábica, tido como um café “fino”, normalmente é plantado em locais de altas altitudes, enquanto o café conilon, em baixas altitudes. Desta forma, é possível perceber porque os maiores produtores de café conilon estão situados na Região Nordeste do Espírito Santo, e, qual a importância do trabalho de inspetoria, que deve sempre estar atento às necessidades, anseios e práticas do seu ambiente social de atuação, articulando as ações do Crea com a comunidade profissional e sociedade civil na qual se insere.
“Atuo diretamente com consultorias agronômicas em 37 fazendas no Norte do Espírito Santo. Acompanhando com visitas periódicas todo o processo produtivo do café, desde o preparo do solo, até a colheita. Buscando sempre uma alta produtividade com um menor custo de produção para os produtores”, relata Thiago.
Ele também revela que os produtores de café da região podem ficar mais tranquilos, pois a previsão para a colheita de 2019/2020 será melhor que a anterior. Mas alerta para os cuidados com a produção nos próximos meses, já que a alta temperatura dos últimos dias e a falta de chuvas, pode acarretar o amarelecimento das folhas e frutos, entre outros problemas, gerando prejuízos visíveis. Em todos os casos, o produtor deverá procurar por uma assistência especializada, que o auxiliará de acordo com a necessidade.
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