Elias de Lemos (Correio9)
Depois de 29 anos de atuação no jornalismo, Ted Conti ingressa na política. Pela primeira vez, ele vai disputar uma eleição, concorrendo ao cargo de deputado federal, pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Ele começou trabalhando em rádios. Em seguida, no ano de 1987, foi para a TV Gazeta, onde ficou até 2015. Segundo ele, “houve o fechamento de um ciclo; as pessoas acabam se acostumando com a entrada diária em suas casas, como se a gente fosse da família”.
A saída da TV foi uma decisão pessoal. “É bom decidir o que fazer quando se está no auge. Eu saí pela porta da frente”.
Depois de deixar a TV, Ted Conti passou um período fora do Brasil. Foi em busca de novas visões e experiências. Ficou sete meses na Irlanda, depois se transferiu para a Inglaterra e, por fim, Portugal.
De volta ao Brasil, foi convidado pelo ex-governador, Renato Casagrande, para se filiar ao PSB. Assim, aos 53 anos, casado com a médica Míriam, e pai de três filhos, o jornalista – natural de Muqui, no Sul do Espírito Santo – vai concorrer nas eleições de 2018.
Ao ser questionado sobre a razão do seu ingresso na política, depois de tanto tempo no jornalismo, ele responde: “Foram, justamente, estes 29 anos de jornalismo, acompanhando, de perto e vendo tantos acontecimentos”.
Ele diz que “se sente indignado com o que está acontecendo”; e completa: “é um cidadão indignado que está candidato”.
Ele explica que tem percorrido o Estado e que, por onde passa, as pessoas estão pedindo mudança e renovação. “Quando a gente conversa com as pessoas, elas falam de renovação. Mas não, apenas, de renovação de pessoas, mas de ideias”, diz.
Neste sentido, ele destaca que a renovação deve começar pela realização da campanha, com a discussão de propostas e não na base da troca. “Uma das piores coisas é ver gente vendendo voto. As pessoas precisam estudar os candidatos, suas histórias e ideias que defendem”, afirma Ted. Que completa: “Venda de voto cria o chamado curral eleitoral”.
Para ele, é prioritário o combate à corrupção, “através do fortalecimento das investigações”. Quando se condena, e põe políticos na cadeia, se põe medo”, afirma.
Ele não falou detalhadamente sobre economia, ele começa pela educação: “É preciso investir em educação, só através dela é que poderemos construir um país melhor. A economia passa pela educação; para dar oportunidade, reduzir a desigualdade e termos condições de competir com outros países”.
Ele está em campanha por todo o Espírito Santo. “Estou conversando com as pessoas, ouvindo suas demandas. Não tem sido difícil, pois como falei, as pessoas se acostumaram comigo dentro das suas casas”, finalizou.
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