A última pesquisa do Ibope mostra que as redes sociais têm influência direta na preferência do eleitorado. O último levantamento sobre a eleição presidencial de 2018 comprova isso, mostrando a importância da comunicação virtual na ascensão do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que se posiciona como o segundo colocado na disputa, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
No cenário com os dois, eventuais, candidatos, Bolsonaro tem 13% das intenções de voto contra 35% de Lula. No entanto, quando se leva em conta apenas os eleitores que costumam usar a internet, o deputado sobe até dez pontos ficando entre 18% e 23%.
Por outro lado, a vice-liderança de Bolsonaro desaparece, quando são considerados apenas os eleitores que não usam ou não têm acesso à internet. Neste segmento, seus eleitores declarados variam entre 5% a 6%. Estes percentuais não o diferenciam de outros candidatos potenciais como Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), João Doria (PSDB) e Luciano Huck (sem partido).
Já com o ex-presidente acontece o contrário. Entre os eleitores sem internet, o petista sobe. No principal cenário, entre Lula e Bolsonaro, ele chega a 44%, atingindo 46% em outras simulações, com os demais candidatos. São percentuais que lhe garantiriam a vitória no primeiro turno. Entre os conectados, no entanto, Lula não passa de 31%.
Segundo o Ibope, os eleitores que costumam usar a internet representam pouco mais de dois terços do total (68%). Já os sem-internet somam 32%.
Para fazer esses agrupamentos, os entrevistadores do instituto fizeram duas perguntas a cada uma das 2.002 pessoas que participaram da pesquisa, além das questões eleitorais. A primeira foi se o entrevistado tem o costume de usar a internet. A segunda, aplicada só aos que responderam “sim” na questão anterior, foi para investigar a frequência de acessos à rede nos últimos três meses (todos os dias, ao menos uma vez por semana, ao menos uma vez por mês, menos de uma vez por mês ou nenhuma vez no período).
Foram classificados como os sem-internet os eleitores que responderam “não” à primeira pergunta e os que responderam “nenhuma vez – nos últimos três meses”, na segunda questão. O levantamento foi feito entre 18 e 22 de outubro. A margem de erro é de dois pontos.
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