O número de brasileiros que nem trabalha e nem procura emprego é o maior da série histórica da atual pesquisa do IBGE sobre mercado de trabalho, iniciada em 2012. A população fora da força de trabalho cresceu 1,2% em junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 65,6 milhões de pessoas.
Segundo o IBGE, havia 13 milhões de pessoas sem ocupação (que procura trabalho, mas não acha) no período de abril a junho. De janeiro a março, eram 13,7 milhões. A diferença é de 723 mil. Assim, a taxa de desemprego caiu de 13,1% para 12,4%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
Ao mesmo tempo, o total de pessoas que não trabalham nem procuram trabalho chegou a 65,6 milhões, o maior desde 2012, quando o IBGE iniciou a atual série. Em três meses, 774 mil pessoas se uniram a esse grupo, que inclui idosos, estudantes, pessoas sem disponibilidade para trabalhar ou que simplesmente desistiram.
Isso ajuda a explicar a queda na taxa de desemprego em junho. A desocupação ficou em 12,4% no fim do primeiro semestre, contra 13% no mesmo período de 2017.
A população fora da força inclui todos os trabalhadores que não estão no mercado, desde aposentados até jovens que não começaram a trabalhar, mas também inclui os desalentados, aqueles que desistiram de procurar emprego por causa de motivos como as condições da economia. A pesquisa divulgada não abre esse detalhe, mas o dado está em linha com as divulgações passadas: no primeiro trimestre, o desalento havia subido em relação ao trimestre anterior.
Emprego formal é o maior da série histórica do IBGE
O Brasil terminou o primeiro semestre de 2018 com o menor número de trabalhadores com carteira assinada da série histórica. Segundo a pesquisa de emprego do IBGE, divulgada nesta terça-feira, o país tinha 32,8 milhões de pessoas com trabalho formal no trimestre encerrado em junho, um número meio milhão menor do que no mesmo trimestre de 2017.
Segundo o IBGE, havia 13 milhões de pessoas sem ocupação (que procura trabalho, mas não acha) no período de abril a junho. De janeiro a março, eram 13,7 milhões. A diferença é de 723 mil. Assim, a taxa de desemprego caiu de 13,1% para 12,4%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
Ao mesmo tempo, o total de pessoas que não trabalham nem procuram trabalho chegou a 65,6 milhões, o maior desde 2012, quando o IBGE iniciou a atual série. Em três meses, 774 mil pessoas se uniram a esse grupo, que inclui idosos, estudantes, pessoas sem disponibilidade para trabalhar ou que simplesmente desistiram.
De cada dez brasileiros, quatro têm trabalhos informais ou próximos da informalidade, o que inclui as pessoas sem carteira assinada e os autônomos sem registro como pessoa jurídica. A informalidade atinge 37 milhões de brasileiros, segundo o IBGE.
A população que tem trabalho aumentou em 657 mil pessoas e chegou a 91,2 milhões. Essa alta, porém, foi puxada pelos trabalhadores sem carteira assinada e por aqueles que trabalham por conta própria.
Em relação ao trimestre encerrado em março, houve redução de 80 mil vagas com carteira assinada em todo o país.
A pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo IBGE confirma assim uma tendência dos últimos meses: a tímida recuperação do mercado de trabalho tem ocorrido graças, sobretudo, à informalidade, ou seja, aos desalentados. Isso explica também a estagnação na renda: como as novas vagas geradas são de baixa remuneração, o rendimento médio do trabalho não avança.
Em junho, segundo dados da pesquisa do IBGE, o rendimento médio de todos os trabalhadores brasileiros ficou em R$ 2.198, praticamente o mesmo dos R$ 2.174 registrados em igual período de 2017.
Para os empregados com carteira, a renda é de R$ 2.099, contra R$ 1.313 dos trabalhadores sem carteira. As maiores remunerações são dos empregadores (R$ 5.319) e dos trabalhadores no serviço público (R$ 3.476).
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