Por Billy Baldo – billybaldo@correio9.com.br
Cobertura
Na tarde desta sexta-feira (16) o governador Paulo Hartung esteve em Nova Venécia para dar a ordem de serviço para a construção do ginásio poliesportivo da Escola Estadual Dom Daniel Comboni. A obra é um anseio muito grande dos estudantes, que há muitos anos estão carentes da benfeitoria, haja vista que a cobertura que havia foi deteriorada pela força corrosiva do tempo.
Não Tínhamos
O anúncio da obra trouxe o meu passado de volta e lembrei que, nunca, nuncamesmo, eu jamais aproveitei uma quadra coberta por todas as escolas onde estudei, em Nova Venécia.
Recapitulando
Comecei na creche Dom Bosco, em 1984. Sequer havia quadra. Posteriormente, fui para a Escola Claudina Barbosa. Durante quatro anos ali, as aulas de educação física, recreio e eventos cívicos eram realizados embaixo de Sol quente.
Também
Na 5ª série, comecei na Escola Dom Daniel Comboni e logo em seguida foi construída a cobertura do Claudina Barbosa. Em quatro anos no Estadual, também não havia cobertura. Assim que eu fui para o 2º grau do Colégio Veneciano, foi erguida a cobertura do Estadual.
Prossegue…
No Veneciano estudei mais três anos, e também não havia quadra coberta. No ano seguinte em que me formei, a dita cuja foi erguida. Então, resumindo, passei todo o ensino fundamental e médio e nunca usufruí destas sombras maravilhosas. Foram anos e anos de Sol. Talvez por isso que eu tenha essa bronze legal…
Mais Ainda
Na Multivix, onde estudei, também não havia cobertura. Ô sina minha…
Na Faculdade
Na verdade, a Multivix possuía um campo enorme de futebol dentro do campus. Mas, no local, foram construídos enormes prédios para aumentar o número de salas de aulas. O negócio deles não é esporte ou lazer, apesar de possuírem em sua grade o curso de Educação Física para seus alunos/clientes. Todos sabem que o lance deles é dinheiro!
Safadinhos
Desde a publicação da reportagem “WhatsApp do Sexo”, na edição de 27 de fevereiro, membros da equipe do Correio9 vêm sendo procurados por interessados nos links dos grupos. Frases como: “manda o link, não falo para ninguém”, ou “não me deixe fora dessa, manda aí”, têm sido costumeiras.
Sem Chance
O ingresso da equipe nos grupos, que oferecem sexo pelo “zap”, se deu com o objetivo definido de produzir a reportagem. Feito isto, toda a equipe saiu e os grupos foram apagados.
Matagal
A estrada de Santo Antonio, que dá acesso à Gameleira, em Nova Venécia, está suplicando por cuidados. As margens da rodovia estão tomadas pelo mato, impedindo a visibilidade em muitos pontos.
De Peito Cheio
Pesquisas internacionais têm mostrado que o brasileiro é ignorante, orgulhoso, arrogante e tem orgulho disso.
Sentidos
A palavra “corrupção” possui 26 sinônimos: deturpação, desvirtuamento, desvirtuação, corrompimento, corruptela, adulteração, alteração, modificação, peita, aliciamento, aliciação, suborno, sedução, compra, degradação, deterioração, putrefação, decomposição, apodrecimento. imoralidade, indecência, perversão, devassidão, depravação, degeneração, desmoralização.
Tremeu
O senador Magno Malta (PR) recuou do propósito de processar o padre Romário Hastenreiter, de Boa Esperança. A pendenga surgiu depois que o sacerdote criticou os três senadores capixabas – além de Malta, Ricardo Ferraço (PSDB) e Rose de Freitas (MDB) – durante homília na igreja. Os três foram favoráveis à reforma Trabalhista, em 2017, a qual, segundo o padre Romário “causa prejuízos aos trabalhadores, da mesma forma que a reforma da Previdência, que, felizmente, não foi adiante”.
Judas
O padre Romário disse que “os três senadores atuaram como traidores da democracia, contra o povo”.
Baluarte
Magno Malta se apresenta como defensor da família e, com isso, tem conseguido sucessivos mandatos desde 1994. Ex-pastor evangélico, foi deputado estadual, deputado federal e é senador.
Divorciado
Em 2013, Malta se casou pela segunda vez, com a deputada federal Lauriete. Ela era casada e se separou logo depois de assumir o mandato em Brasília. O anúncio do casório rendeu controvérsias entre religiosos, que não aprovaram o fato de ambos serem separados e optarem por um segundo casamento.
E o Pecado?
A união entre os dois foi condenada, também, pelo pastor Ozenir Corrêa, líder da Igreja Batista Filadélfia e presidente da Associação de Pastores de Vitória. Segundo o pastor “biblicamente, o casamento é insolúvel. Fisicamente é um só. O próprio senador Magno Malta pregou por anos essa insolubilidade, e agora caiu contra a sua própria verdade”.
A atitude do senador é da série faça o que eu digo, não faça o que eu faço.
Marielle
O assassinato da vereadora carioca, Marielle Franco, PSOL, na noite da última quarta-feira, no Centro do Rio, indignou o Brasil e o mundo. Defensora dos direitos humanos, a parlamentar vinha denunciando abusos e crimes cometidos por policiais. Quem matou?
Recado
“Não se deram nem ao trabalho de fingir um crime comum. A ideia foi falar para o favelado: se cuida, vocês não têm espaço, não saiam, não gritem, não denunciem. Concordem!” O desabafo é do diretor do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré, Lorenço da Silva. Os assassinos poderiam ter simulado um latrocínio, mas não, preferiram a execução. Mandaram um recado claro, disseram quem manda, que favelado não tem espaço, não tem vez e nem voz.
Calado
Entre todos os treze pré-candidatos à Presidência da República, apenas o deputado federal Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre a execução da vereadora Marielle Franco. A execução está sendo considerada como um ataque ao Estado.
Contra
Bolsonaro é avesso aos direitos humanos, defende imunidade para militares assassinos. É a favor de tornar metade do código penal crime hediondo, defende a pena de morte, execução sumária nos presídios, golpe militar. É homofóbico, misógino. Mas, se calar diante de um atentado contra o Estado mostra a sua desqualificação.
Falando Nisso…
O assassinato da vereadora tomou uma proporção pouco compreendida por muitos brasileiros – talvez, eleitores de Bolsonaro. Memes têm circulado na internet criticando a repercussão e comparando com as reportagens sobre as mortes de policiais no Rio.
Sem Entender
Marielle era uma vereadora, eleita com 46 mil votos e representava o grito daqueles que são humilhados, torturados ou mortos por policiais nas ruas, becos e vielas cariocas. Antes de uma comparação como esta, seria importante saber da truculência, da arrogância e da impiedade da polícia agindo nas ruas, caçando pessoas como se fossem bichos, por lá.
Será?
Os abusos policiais só acontecem no Rio? Com a morte da vereadora, eles vão acabar? Demais policiais vão repensar as suas ações?
Afinal,
O que é a polícia? Para que serve a polícia? Precisamos rever o modelo de polícia que temos. Há muito a instituição está falida.
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