O Espírito Santo confirmou o primeiro caso de Febre do Nilo Ocidental em cavalos e agora está em estado de atenção para a possível contaminação de humanos, de acordo com o Núcleo Especial de Vigilância Epidemiológica, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Diante do alerta, na última terça-feira (12), foi realizada no auditório da Secretaria de Saúde de Nova Venécia, uma capacitação com profissionais de saúde sobre a Febre do Nilo Ocidental. A apresentação foi ministrada pela Dra. Theresa Cristina Cardoso da Silva, médica infectologista da Secretaria de Estado da Saúde.
Na palestra, foi confirmado que há circulação do vírus na região, e que os casos estão sendo investigados pelas equipes de Vigilância em Saúde municipal e estadual. A ideia agora é preparar os profissionais e alertar a população sobre a enfermidade.
Febre do Nilo Ocidental
A Febre do Nilo Ocidental (FNO) é uma doença causada por um vírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, assim como os vírus da Dengue e da Febre Amarela.
O vírus do Nilo Ocidental (VNO) é transmitido por meio da picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex. Os hospedeiros naturais são algumas espécies de aves silvestres, que atuam como amplificadoras do vírus (viremia alta e prolongada) e como fonte de infecção para os mosquitos. Também pode infectar humanos, equinos, primatas e outros mamíferos. O homem e os equídeos são considerados hospedeiros acidentais e terminais, uma vez que a viremia se dá por curto período de tempo e em níveis insuficientes para infectar mosquitos, encerrando o ciclo de transmissão.
Outras formas mais raras de transmissão já foram relatadas e incluem transfusão sanguínea, transplante de órgãos, aleitamento materno e transmissão transplacentária. A transmissão por contato direto já foi demonstrada em laboratório para algumas espécies de aves. Não há transmissão de pessoa para pessoa.
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