Seria, apenas, mais uma caminhada até o curso que frequenta diariamente das duas às quatro horas da tarde. Mas não foi só isso. A rotina de uma adolescente de 15 anos foi alterada quando ela foi atacada por um homem que agarrou-a pelo braço e tentou forçá-la a entrar no carro. E isso à luz do dia “em praça pública”, às duas horas da tarde desta terça-feira, 24, no Bairro Filomena, em Nova Venécia.
O Correio9 conversou com a jovem, que estava acompanhada do pai, na Delegacia de Nova Venécia. Ela estava muito assustada, falando pouco, enquanto o pai parecia não acreditar no que poderia ter acontecido. Eles residem em Nova Venécia há seis anos, onde moram no Centro de cidade. A menina estuda em escola regular e faz outro curso à tarde, no Bairro Filomena.
Ela faz o mesmo percurso todos os dias caminhando, normalmente sozinha. Nesta quarta-feira, ela caminhava vagarosamente à margem da Avenida Belo Horizonte, próxima ao ponto de ônibus que fica logo após às instalações da Veneza, quando foi surpreendida ao ser agarrada por um homem desconhecido. Ele dirigia um veículo da marca Chevrolet, um Cruze Hatch de cor branca, com placas da cidade de Linhares.
Ela conta que lembrou-se dos conselhos do pai, que sempre a orientou para resistir em qualquer hipótese, caso algum dia passasse por algo semelhante. Quando foi agarrada, a menina de aparência frágil conseguiu combater, se desvencilhar do marginal e, daí, buscou socorro em uma loja.
Ela descreve o raptor como um homem de pele morena, com uma barba rala trajando uma camisa cinza.
Segundo o pai da adolescente, há quatro meses sua outra filha fora assaltada, por dois motoqueiros armados, nas proximidades do Detran, em Nova Venécia, quando levaram seu celular.
Ele trabalha na cidade de Pinheiros, onde estava no momento em que a filha adolescente foi atacada. Uma professora da menina o avisou da tentativa de sequestro. Ele contou ao Correio9 que a sua reação no momento foi de choro. “Chorei. Como pode isso? Agora ela não poderá mais sair sozinha, pois se ela sair desacompanhada novamente, como a minha cabeça vai ficar?”, questiona o pai, o senhor U.A.
Ele desabafa: “Nova Venécia se tornou uma cidade sem lei. Você não vê policiamento nas ruas, podem andar pelas ruas da cidade que o que mal se vê, raramente, são algumas viaturas transitando. Onde está a polícia de Nova Venécia?” Pergunta o pai indignado.
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